Por: Valéria Duarte
Publicado em 05/08/2010 –
http://esperancanaeducacao.blogspot.com.br/2010/08/uso-de-overlay-ou-laminas-de.html
Hoje o método Irlen de tratamento vem sendo utilizado em quarenta e dois países e em mais de quatro mil instituições de ensino.
Nos Estados Unidos uma resolução adotada em Julho de 2009, durante a Assembléia Geral de NEA – National Education Association, que agrega aproximadamente 3 milhões de trabalhadores na área da educação foi aprovada a proposta de que todos os seus membros sejam informados sobre a Síndrome de Irlen e seu tratamento. Outros locais aonde os testes já vem sendo aplicados como de rotina são: Austrália e Reino Unido (GUIMARÃES, 2009).
No Brasil, a Síndrome de Irlen é conhecida há apenas a cinco anos através de cursos oferecidos pela Fundação do Hospital de Olhos de Minas Gerais, em módulos teórico-práticos sobre a metodologia de diagnóstico e tratamento. A rede de profissionais capacitados é composta por cerca de 530 profissionais de diversas áreas da saúde e educação. Esses indivíduos capacitados são conhecidos como screeners em 16 estados brasileiros.
Infelizmente, no Brasil essa síndrome é ainda desconhecida por muitos pais, professores, psicólogos, oftalmologistas, neurologistas, psicopedagogos e outras áreas afins. Como educadora creio que grande parte das crianças não são alfabetizadas ou abandonam a escola exatamente por serem portadores do irlen.
É imprescindível que os políticos brasileiros lutem por esta causa….estão perdendo crianças brilhantes por falta dos descaso com a educação.
A escola pública precisa de muito apoio e o ideal é que o teste pra detectar a síndrome fosse realizado como o teste do pezinho. Tem que ser obrigatório, na fase da alfabetização quando a criança tem 6 ou 7 anos, idade quando é possível perceber as dificuldades e evitar traumas na vida destas crianças.
O overlay ou lâminas de sobreposição é um recurso até de fácil acesso , custa em torno de R$ 30,00 a R$ 40,00, mas precisa do diagnóstico de um screener (avaliação para constatação de distorções visuais no processo de leitura pela metodologia Irlen). Se este teste fosse aplicado nas escolas públicas nos anos iniciais seria um grande avanço para o Brasil.
Estima-se que a população afetada pela Síndrome de Irlen se resume em 12-14% da população geral, superdotados e bons leitores; 46% de indivíduos com déficits específicos de aprendizagem e leitura; 33% dos casos de TDA e TDAH, Dislexia e comportamentais e 55% dos indivíduos com traumatismos cranianos, concussões, lesão contragolpe, etc (GUIMARÃES, 2009).